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O Túnel Transatlântico é uma hipotética passagem submarina que ligaria a América do Norte à Europa e serviria para trens específicos. Por meio de tecnologias avançadas, esses trens viajariam a velocidades entre 500 e 8.000 km/h. Projetos para essa obra nunca foram além do simples conceito, muitos deles ligando Nova York a Londres. A principal barreira é o custo, além dos limites atuais da ciência dos materiais.1 Os maiores túneis existentes, o Eurotúnel e o Seikan, apesar de usar tecnologia mais barata do que o presumido para o Transatlântico, são financeiramente viáveis — um túnel transatlântico seria 215 vezes maior que o maior existente, mas custaria 3 mil vezes mais. O ano é 2099, o trem no qual estamos falando viaja a uma incrível velocidade de 8.000 km/h, numa jornada sobre o oceano atlântico. Os passageiros acabaram de jantar em NY, e em menos de 1 hora estarão comendo a sobremesa em Paris. Ficção cientifica? Talvez não! Um túnel transatlântico pode estar mais perto da realidade do que nós imaginamos. Planeta Terra, 70% da superfície da Terra é de água. Uma colcha de retalhos de mares e oceanos separando as pessoas do mundo. Num futuro não muito distante, pode existir uma forma radical para atravessar os oceanos do mundo, uma forma que transformará para sempre a maneira como concebemos nosso planeta. Mais de 5 mil km de oceano separam o antigo do novo mundo. Um túnel transatlântico seria um dos maiores projetos de construção já realizados. Seriam necessários recursos numa escala nunca antes imaginada, cerca de um milhão de toneladas de aço, a produção reunida de todas as siderúrgicas do mundo, durante o ano inteiro, mais de 50 mil sessões de tuneis, cada uma pesando milhões de toneladas, presos ao fundo do oceano, o custo será surpreendente: 12 trilhões de dólares, e levaria quase um século pra completar em algumas das mais extremas condições de trabalho do planeta. Mas se terminado o túnel transatlântico mudaria para sempre nossa forma de viajar, uma pessoa poderia viver facilmente de um lado do oceano atlântico, e trabalhar do outro. Frank Davidson não pensa assim: “O túnel transatlântico não está longe da ciência e da tecnologia moderna é uma questão de se acostumar a novas realidades”, e Davidson sabe o que diz. Sua empresa ajudou a projetar um túnel no canal da mancha, ligando a Inglaterra à França, o túnel também foi considerado uma ideia impossível e hoje em dia 6 milhões de passageiros por ano realizam a viagem de 3 horas entre Paris e Londres, mas com 50 km de comprimento, o túnel parece um pouco maior do que um pulinho, comparado ao túnel transatlântico de 5 mil km. A ideia de um túnel transatlântico vem inspirando visionários por mais de um século. Mas construir um túnel para levar passageiros através do atlântico apresentaria desafios de proporções inconcebíveis. “Existem vários fatores que tornam um projeto extremamente difícil, se não quase impossíveis. As limitadas janelas climáticas para a construção, as grandes distâncias que seriam atravessadas pra deslocar esses materiais e, é claro, o custo desse imenso projeto”. Difícil, perigoso e astronomicamente caro, mas, na mente de alguns visionários, totalmente viáveis. “Quando você começa a olhar para os problemas de forma sistemática, eles vão se render à pesquisa e ao desenvolvimento”. O primeiro passo seria traçar a rota mais prática. Como a construção de um túnel submerso pode custar cerca de 6 bilhões de dólares por km, diminuir as distâncias submarinas, parecem ser uma atraente solução. Um túnel transatlântico. Nada na terra pode se quer chegar perto de suas incríveis proporções. Tudo; desde as grandes pirâmides até a muralha da China seriam minúsculos em comparação a ele. E mesmo assim apesar de seu custo astronômico e seus desafios técnicos, visionários, como Frank Davidson, acreditam que um dia o túnel será uma realidade. “apesar de ser um problema muito difícil, o projeto não é de modo algum tão perigoso quanto voar ate a lua”. Se esse túnel for construído será uma das monarquias da engenharia mundial. O que nos esquecemos, é o quão longe já chegamos, coisas que são comuns hoje em dia eram consideradas inconcebíveis no passado. Parece ser nosso destino coletivo transformar as impossibilidades de hoje, nas realidades do mundo.